Uma tarde com o novo Porsche 911 Turbo S em Interlagos

Uma tarde com o novo Porsche 911 Turbo S em Interlagos

O limite parece ser sempre inalcançável quando se fala em Porsche 911. Para dirigir no limite o novo 911 Turbo S no circuito de Interlagos, em São Paulo, é preciso ser um piloto profissional — e dos bons. Por isso, dessa vez não testamos o carro na pista; foi ele que nos testou. Com 650 cv de potência, o 911 Turbo S tem 200 cavalos a mais do que os carros de Fórmula 1 que disputavam o Grande Prêmio do Brasil nos anos 1970. Emerson Fittipaldi, Jackie Stewart, Niki Lauda, Ronnie Peterson e Jacky Ickx tirariam tudo que o Porsche 911 Turbo S pode oferecer; não eu.

Colocadas as coisas em seus devidos lugares, ou seja, o carro é superior ao motorista, podemos falar sobre o que o novo Porsche 911 Turbo S oferece aos seus proprietários que não são pilotos profissionais. Para quem está entrando na linha Porsche, não é recomendável começar lá em cima. Muitos preferem comprar primeiro o Cayman e depois passar para o 911, cuja versão de entrada, Carrera 3.0, já entrega bons 385 cv de potência. Para quem quer um pouco mais, o Carrera S 3.0 dá um salto para 450 cv — a mesma potência dos clássicos F1 da década dos 70. Nessa categoria também está o 911 GTS, que oferece mais sofisticação em seu conceito de grã-turismo.

O 911 Turbo 3.7, com seus 580 vc, entra no terceiro nível mais alto dos Porsche, que a marca chama de “High End” (o ponto alto da performance). O 911 Turbo S 3.7, que sobe para 650 cv, também está no nível “High End”. Tem mais um, o “Ultra High End”, que só é alcançado com os modelos 911 GT2 RS (para competição) e 911 Speedster (para puristas). Voltemos ao 911 Turbo S, que a Porsche classifica como um carro “all-rounder”, um faz-tudo, um polivalente, pois com ele é possível andar numa pista e também ir ao supermercado fazer compras.

Os 650 cavalos do Turbo S vêm de um motor de 3745 cm3 de cilindrada. Alguns chamam de 3.8, mas esse era o antigo de 3800 cm3, pois o novo teve a cilindrada reduzida em 55 cm3 e é de fato um 3.7. Trata-se de um seis cilindros boxer biturbo que entrega a potência máxima a 6.750 rpm e o impressionante torque de 800 Nm na pequena faixa de 2.500 a 4.000 rpm. Eis um detalhe importante para extrair o melhor desempenho do 911 Turbo S em algumas situações. O câmbio é o magnífico PDK de dupla embreagem com oito marchas, que é visível somente por uma discreta alavanca sequencial no console central, mas que exibe sua precisão e rapidez a cada troca de marcha.

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