O desafiador de 220 volts
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Ele tem 60 anos, 30 de indústria automotiva. Começou tudo, como gosta de dizer, “ainda garoto, nos anos 1970, com coleção [de revistas especializadas] ‘Quatro Rodas’, ‘AutoEsporte” e a paixão por carros”
Filhos de franceses, Sergio Habib iniciou o lado empresário com um lava-rápido. Mas o perfil visionário começou a dar frutos a partir do governo de Fernando Collor, presidente que ficou pouco no cargo, por conta de acusações de corrupção e tráfico de influência, mas que ajudou a abrir o mercado brasileiro
Assim, nos anos 1990, Habib decidiu abraçar o desafio de trazer a francesa Citroën para o Brasil, como importador. Também fundou a associação que representaria outras importadoras, a então Abeiva (hoje, Abeifa) — nêmesis da Anfavea, que representava as poucas fabricantes localizadas
Habib atuava não só como empresário, não só como industrial. Ele era — e segue sendo — um vendedor. Com 1,93 m, frequentemente é visto em eventos públicos das marcas que representa usando o mesmo uniforme de qualquer um que trabalhe na loja: sapato confortável, calça em sarja, camisa social ou polo com o logo da fabricante. O diferencial são as meias coloridas que atestam sua personalidade. Terno? Só em ocasiões muito formais. Assim, deste jeito, transformou a marca francesa em uma das mais conhecidas nos 18 anos — e criou um grupo bilionário, que foi do automotivo ao educacional, no auge
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