GESTÃO LOGÍSTICA – O NOVO NORMAL

GESTÃO LOGÍSTICA – O NOVO NORMAL

NOVO NORMAL NA GESTÃO LOGÍSTICA

Gestores Logísticos devem estruturar um plano que atinja sobre usar toda inteligência logística aplicada nas operações como ferramenta estratégica para vencer a pandemia

#FIQUEEMCASA SERÁ ROTINEIRO NOS PROXIMOS ANOS OU MESES

1. Dá pra ser produtivo em home office?

Aplicando a inteligência logística:

– Negocie espaço: se você não fizer o ambiente, o ambiente faz você. Com as condições que tem, faça acordos com a família e adapte seu ambiente e horários para que se pareça o mínimo possível com seu espaço de trabalho.

– Negocie tempos e prazos com seu cliente: seu cliente é pra quem você bate continência. Pode ser inclusive seu chefe, outras áreas, pares, enfim. Exponha suas dificuldades de espaço, infraestrutura, e horários. Alinhe bem as expectativas para que não perca credibilidade.

– Defina a rotina: é o hábito que faz o monge. Não tem romantismo no mundo corporativo. A máxima quem quer dá um jeito, continua valendo. Portanto, se vire e entregue o resultado, pois se você não fizer, outro fará. Ter uma rotina bem definida (horário para cada tarefa) pode ajudar a chegar no alvo.

Tenha um diferencial competitivo: entregar só aquilo que esperam, faz de você alguém comum apenas. Qual a porrada que só você e mais ninguém dá? Entregue sempre mais que prometeu, isso é diferencial competitivo.

2. Localização residencial

Na logística calculadora e relógio são duas ferramentas religiosas em termos de custos, credibilidade e fidelização dos clientes.

Exportando o conceito para a vida do indivíduo, levar a moradia para próximo do trabalho, não é coisa de gente workaholik, mas de quem aplica inteligência logística na vida.

Como exemplo, em uma cidade como São Paulo, morar o mais próximo possível do trabalho implica nos seguintes ganhos:

– Tempo (ativo não renovável): no pior cenário, você pode ganhar duas horas a mais no dia. Que é o que o profissional geralmente leva de deslocamento (duas pernas: ida e vinda).

– Qualidade de vida/saúde: além do mais importante nesse momento que é evitar a aglomeração nos transportes (especialmente públicos), com o referido tempo à disposição, você poderá malhar, estudar, dar mais atenção pra família e etc. Sem falar que morar próximo lhe permitirá também ir ao trabalho caminhando, de bike ou qualquer outra forma mais saudável para corpo e para a mente.

– Redução de custos: indo a pé ou de bike, não se gasta mais tanques de combustível, minimiza-se os custos ocultos de colisão, logo, gasta se menos ou nada com seguros. É possível até se livrar do veículo que às vezes só temos por demanda do trabalho. Mas isso é uma questão cultural/estratégica de cada um (cautela aqui é preciso, pois, morar próximo do trabalho pode também custar mais caro).

No meu caso, fiz um estudo e se tornou viável em todos os pontos: tempo, qualidade de vida e redução de custos.

3. Roteirização para evitar aglomerações

Supondo que você faz parte daqueles que não querem ou não podem morar mais perto do trabalho, seja por custos, vontade ou demandas sócio afetivas (cônjuge ou parentes por exemplo).

Em um futuro breve, precisará programar melhor suas rotas, bem como de sua família, para ir ao trabalho, mas também para academia, escolas, parques…

Desse modo, precisará de um algoritmo, que nada mais é que um conjunto das regras e procedimentos lógicos perfeitamente definidos que levam à solução de um problema em um número finito de etapas:

Quais regras de horário consigo negociar com minha empresa;

Qual o meio de transporte é mais vazio;

Em que momento do dia a locomoção é mais rápida e sem gargalos;

Qual meio de transporte é mais barato;

Como faço pra ter sinergia de transporte com filhos na escola, cônjuge no trabalho e/ou colega de trabalho;

Como posso aplicar tudo isso e garantir a logística em tempo, custo e qualidade para toda minha família.

Enfim, podem ser essas ou outras regras. Depois de definidas, roteirize idas e vindas do trabalho, supermercado e lugares para lazer.

Tem funcionando muito bem hoje, pois estamos em quarentena, no entanto quando voltarmos as atividades normais de trabalho, escola e vida social, as programações de rota com todas as limitações demandará ajustes no algoritmo.

4. Gestão de estoques

Quem não tem um amigo que na primeira semana de quarentena não foi ao supermercado e comprou coisas para dois ou três meses alegando não saber o que iria acontecer?

Pois é. Ele provavelmente, além de ter dispendido de uma boa grana naquele momento, teve problemas de armazenamento. Deve ter coisas vencendo e outras que já estragou em casa.

Sem falar que se todo mundo fizesse igual seria um pandemônio não é mesmo?!

Aapesar de as marcas (ou os mercados) estarem aproveitando para aumentar um pouco os preços, os serviços de abastecimento estão acontecendo.

Pensando no agora e também em um futuro próximo, devemos programar bem os estoques evitando excessos e perdas por deterioração ou obsolescência.

Assim, trouxe para casa regras simples de gestão dos estoques:

– Controlar entrada e saída dos materiais (alimentos e outros);

– Compra somente o necessário (sem exageros);

– Fazer FIFO (do inglês para “First in, first out”): o primeiro que entra deve ser o primeira a sair (ser consumido).

Parece ser algo que já está no automático e que funciona, mas ao fazer um inventário, identifiquei muita coisa obsoleta, vencida, inútil. Que já tinha sido perdida (dinheiro pelo ralo), mas ainda ocupava espaço, que, pra quem vive em um apartamento é bastante valioso.

5. Gestão do fluxo de caixa

Sua casa ou sua vida é sua pequena empresa. Trate isso com a devida importância.

E, como já vimos no tópico impactos na economia mundial, é momento de muita cautela. Nada de exagerar e perder o controle financeiro.

Já tinha, mas me empenhei em acompanhar meu controle financeiro e cuidar melhor da gestão do fluxo de caixa.

Não é um bicho de sete cabeças. Basta uma planilha, ou um aplicativo que forneça as condições para que anote:

– Registro diário de todas as entradas e saídas de valores;

– Projeção de pagamentos e recebimentos futuros;

– Análise do saldo diário e também futuro;

– Alternativas com o uso do capital de giro em situações de déficit;

– Alternativas para investimentos em situações de superávit.

6. Tecnologia

É chover no molhado falar sobre usar tecnologia. Já deve ter percebido que se tem algo que a pandemia acelerou foi a digitalização na vida de empresas e pessoas.

Particularmente sou vidrado em tecnologia. Seja no trabalho ou na vida pessoal. Se posso tenho tudo que de fato funciona, pode facilitar a vida e aumentar a produtividade.

Como aqui estamos focando em vida pessoal, meu conselho são:

– Tenha um bom celular, pois assim, poderá não investir em máquinas fotográficas nem computador (guardada as devidas proporções);

– Ter um bom celular e não ter um bom pacote de dados às vezes não resolve muita coisa. Ter uma conta pós paga, dependendo da negociação, pode ser mais barato que não ter. Renegocie com sua operadora;

– Invista em uma boa banda larga para casa: especialmente se você trabalha em casa (e agora tem que trabalhar), tem filhos e… Cara, sem muito argumento: você precisa de uma internet que não te deixe na mão;

– Fique atento a softwares (APPs) que melhorem sua vida e ate ajuda no seu trabalho e desenvolvimento pessoal: agregadores de Podcats, leitores digitais, organizadores de textos, cadernos de anotações, editores, mídias sociais importantes e por aí vai…

Mantenha-se conectado e atualizado com aquilo que tem de novo e tem mudado pra melhor a vida humana.

7. Seja um cara legal (como a logística, uma área de apoio)

O mundo apesar de ter fechado fronteiras físicas para conter o vírus, tem aberto canais de comunicação e trocado experiências de boas práticas.

O mercado Gourmet chama isso de beachmarking.

Descobertas cientificas divididas, respiradores são enviados, máscaras atravessam oceanos, médicos de países mais adiantados no combate ao vírus tem ido ajudar em outros países mais críticos.

O mundo está se ajudando mutuamente. Comunidades, bairros, prédios, empresas, todos se unidos em apoio mútuo nessa quarentena.

Alguns dirão que se trata de um altruísmo egoísta. Eu diria que na raiz, todo altruísmo é meio egoísta, mas se serve pra ajudar o próximo, que seja.

Paulo Freire dizia que se é pra ter esperança, que seja do verbo esperançar.

Seja alguém legal e sempre disposto a ajudar as pessoas. Arregace as mangas e trabalhe para que sua vida, mas, também o mundo fiquem cada vez melhor, afinal, a gente só colhe o que planta.

 

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