Como a tecnologia melhora a qualidade do sistema de transporte
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O que um metrô sem condutor, uma rodovia com asfalto de borracha e uma praça de pedágio que usa inteligência artificial têm em comum?
Feito com uma mistura de partículas trituradas de pneus velhos que são inseridas na massa asfáltica, é 30% mais caro do que o normal, mas bem mais resistente, o que garante durabilidade e redução de gastos com reformas constantes.
“O investimento em tecnologia pode contribuir muito para a melhoria da infraestrutura e também para a melhoria do investimento”, analisa o diretor-executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista.
tecnologia para melhorar a infraestrutura de transportes não é positiva apenas pela redução de custos para os usuários e para as concessionárias, ela também faz a diferença para o meio ambiente.
Isso ajuda na redução de emissões, um compromisso que o Brasil assumiu ao se tornar signatário de diversos acordos internacionais relacionados ao tema.
No entanto, ainda com muitas estradas esburacadas, com afundamentos de pista ou sem pavimentação, um levantamento da CNT estima que só em 2017 haverá um consumo desnecessário de 832 milhões de litros de diesel, o que representa um custo para o país de R$ 2,54 bilhões.
Essa preocupação com o investimento em pesquisas de ponta pode ser vista em casos como o do Grupo CCR, que administra estradas, metrôs, barcas e aeroportos no Brasil e em outros países.
Para isso, são estudadas novas tecnologias que envolvem parcerias com pesquisadores de universidades e até mesmo garimpo de estudos no exterior que possam ser aplicados no Brasil.
Entre as diversas aplicações desenvolvidas, Cristiane cita justamente o asfalto borracha, que melhora a trafegabilidade nas rodovias, o metrô sem condutor e a automação dos aeroportos.
Inicialmente instalado em sete pontos nas rodovias que compõem o corredor de soja e milho entre Mato Grosso e o Porto de Santos, o sistema gerou um aumento de mais de 90% do cumprimento dos horários agendados pelos caminhões para entrega das cargas no porto.
Já o Monitriip deve entrar em serviço no início de 2018 e será uma ferramenta para monitorar em tempo real o transporte de cargas no Brasil, com informações como origem e destino.
Metrô inteligente – Os metrôs de Salvador e a Linha 4 de São Paulo usam o Communication Based Train Control (CBTC), que ajuda no controle da velocidade, distância entre composições, aceleração, frenagem, e deixa a condução mais segura.
“É um sistema de alta tecnologia, moderno, já comprovado em laboratório, que permite um grau de automação muito alto”, explica o diretor de implantação do Metrô Bahia, Cláudio Andrade.
Asfalto morno – Além do uso da borracha nos pavimentos, outro destaque é o asfalto morno, já disseminado na Europa e Estados Unidos, e que a CCR foi pioneira no Brasil.
Esses painéis são integrados às câmeras das rodovias, às ferramentas de mídias sociais e aos aplicativos que ajudam na orientação do motorista.