Novas tecnologias: como funcionam os retrovisores digitais do Audi e-tron
Vários protótipos futuristas prometeram nos últimos anos, mas o Audi e-tron foi o primeiro automóvel de produção em série a ter retrovisores com projeção de imagens captadas por uma câmera, no lugar do convencional espelho.
Cada retrovisor integra uma pequena câmera com imagens capturadas que aparecem em telas OLED, instaladas nas extremidades do painel, nas fronteiras com as laterais das portas.
Exibir as imagens com nitidez não é a única vantagem da tecnologia, porém. Os retrovisores podem aumentar a segurança a bordo, com diversos recursos que os adaptam às diferentes situações do trânsito ou da estrada.
E, além disso, ajudam a economizar energia. Os retrovisores do e-tron são bem menores que os tradicionais, reduzindo a largura externa do SUV em cerca de 15 centímetros, na comparação com os espelhos convencionais, como os de um Audi Q5, por exemplo.
Segundo Johann Wagner, engenheiro da Audi, isso representa um ganho de autonomia que chega a 5 km no e-tron.
Mas nem tudo são flores. Quem está acostumado a olhar para os retrovisores convencionais sofre até se adaptar.
Não só porque olha e vê as câmeras suspensas do lado de fora, mas também pelo fato de que a projeção da imagem dentro do carro fica muito próxima ao motorista, especialmente a do lado do volante.
Nos estacionamentos, as câmeras não podem ser recolhidas e, apesar do ajuste da luminosidade, em algumas garagens mal iluminadas a imagem projetada fica escura.