Equipamentos de segurança devem ser prioridade ao comprar um carro

Equipamentos de segurança devem ser prioridade ao comprar um carro

Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), 70% das mortes no trânsito ainda ocorrem pela falta do uso de cinto de segurança. O número de passageiros no banco da frente sem cinto que são vítimas fatais chega a 38,4% , enquanto que, em se tratando dos motoristas, esse número excede 50% dos casos. Além disso, no Plano Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o não uso do cinto consta como um dos principais fatores de risco à segurança viária.

Nesse cenário, uma iniciativa do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica (Poli) da USP está contribuindo com a melhoria dos equipamentos de segurança veicular e com a conscientização dos motoristas. O foco dos estudos são os elementos estruturais, ou seja, aqueles que aliviam os impactos sofridos por passageiros quando acontece uma colisão lateral ou frontal.

Airbags, freios ABS e cintos de segurança de carros nacionais são analisados, e parcerias com montadoras multinacionais, como a BMW, também já foram firmadas para o estudo de técnicas de medição da fricção, essenciais em um acidente. O professor Marcílio Alves, responsável pelas atividades do grupo, conta que “estudos feitos no laboratório indicam que a fricção, o atrito entre a roupa do motorista ou do ocupante quando encontra o tecido do airbag pode determinar a trajetória do passageiro dentro do veículo durante a colisão, e isso pode fazer com que ele vá mais para os lados, bater contra um outro passageiro, ou contra o vidro ou lateral do carro”, e por isso é importante levar isso em consideração.

Para o consumidor, o importante é prezar pela segurança ao invés de acessórios diferenciados ou preços mais baratos de um veículo. “Para pais de família, isso é ainda mais essencial. Buscar carros com sistema Isofix para cadeirinhas é mais importante do que uma pintura metálica ou som”, reforça o pesquisador.

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