Monitoramento de celulares é alternativa para lidar com lotação de ônibus ?
Com a reabertura gradual as atividades econômicas, trabalhadores que necessitam de ônibus para se locomover relatam uma rotina de ônibus lotados e longas esperas.
Por mais que os coletivos saiam com todos sentados dos terminais integrados, um grande número de pessoas sobe ao longo do caminho.
Esse fluxo de passageiro e lotação de ônibus poderiam ser monitorados através de soluções tecnológicas, segundo o pesquisador Paulo MarinhoMarinho coordenava um estudo encomendado pelo Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE) sobre mobilidade, que foi suspenso devido à pandemia do novo coronavírus.
Uma das soluções que estavam em desenvolvimento era a utilização da tecnologia de rastreio de celulares, atualmente usada para monitorar o índice de isolamento social, para identificar o fluxo de passageiros e a lotação dos coletivos.
“Nós fomos atropelados pela crise do coronavírus quando estávamos desenhando esse protótipo, com aceitação da Urbana, quando a crise aconteceu.
Essa decisão não foi tomada nem pela Urbana, nem por outras empresas”, declarou Marinho.A TV Globo esteve em terminais de bairro na Zona Norte do Recife e em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana.
Em ambos os locais, os passageiros afirmaram que a situação era mais tranquila nesta quarta-feira (10), mas atribuíram à presença da imprensa em tais locais a melhoria no transporte (veja vídeo acima).
No bairro do Vasco da Gama, os relatos foram de que os coletivos saem vazios, mas vão ficando lotados no caminho, em cenário semelhante ao que acontecia antes da pandemia.
No Terminal Integrado Joana Bezerra, um grupo de mulheres afirmou que os coletivos continuam lotados e com pessoas sem máscara.No Terminal de Afogados, foi possível ver fiscais organizando filas nesta quarta-feira (10), depois de aglomerações serem registradas na terça.
Celular para pagamento Nesta quarta-feira (10), passageiros contaram que uma das dificuldades enfrentadas é o fato de que nem todos os ônibus aceitam dinheiro.
“O que nós estávamos propondo é que o celular, que está na mão de 94% da população brasileira, fosse o instrumento de acesso ao ônibus.
Antes da suspensão do contrato, já tinha sido identificado pelo Porto Digital que era necessário haver uma maior integração tanto na gestão dos ônibus, como nos outros tipos de transporte, inclusive particular.