Como a Tecnologia Pode Influenciar no Trânsito das Cidades?

Como a Tecnologia Pode Influenciar no Trânsito das Cidades?

Engarrafamento, falta de integração entre diferentes meios de transporte e ineficiência no sistema público.

A mobilidade urbana é um grande desafio para governantes de todo o mundo, mas a revolução tecnológica pela qual passamos pode ser a chave para uma transformação.

Por meio de ferramentas digitais e aplicativos, muitas vezes disponíveis na palma da mão em um smartphone, já é possível compartilhar o carro ou solicitar uma carona, por exemplo, e diminuir o número de carros nas ruas.
Também na tela do celular, pode-se acompanhar o trajeto do ônibus em tempo real ou mesmo alugar um patinete ou bicicleta para se deslocar até o trabalho e contribuir para a fluidez do trânsito.

Neste cenário de soluções criativas, portas são abertas para reduzir as dificuldades habituais do tráfego urbano.

Assim, são oferecidas cada vez mais opções para o cidadão se deslocar ao trabalho ou faculdade, por exemplo, com mais conforto e passando menos tempo em deslocamento.

investimento em tecnologias como inteligência artificial, machine learning, big data, wearables (tecnologias vestíveis) e dispositivos móveis já traz retornos para a sociedade.

Com tanta inovação, é possível conectar metodologias e plataformas, obter dados e monitorar informações sobre os diferentes modais em tempo real e, com isso, melhorar a experiência de quem precisa se deslocar por uma cidade.

Na prática, os ganhos em mobilidade urbana a partir de recursos tecnológicos já podem ser vistos pelas ruas em diferentes segmentos.
A ferramenta integra mapas, traz informações sobre locais para estacionar o automóvel e sobre onde abastecer o veículo, por exemplo.
Para os usuários do transporte público cansados de esperar pelo ônibus ou metrô na parada, já são inúmeras as ferramentas que mostram o trajeto dos modais em tempo real.

Com um app do gênero em mãos, é possível se programar para sair de casa no horário adequado e, assim, ganhar tempo para gastar com o que realmente importa.

Já para os adeptos de exercícios físicos, os deslocamentos até o local de trabalho agora podem ser feitos por meio de bicicletas – mesmo que você não possua uma.

Com ferramentas do tipo, os usuários podem encontrar bicicletas espalhadas pela cidade para uso comum e deixá-las ao fim do trajeto.
O aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente para iOS e Android, conecta motoristas e caroneiros que possuem rotas e horários semelhantes para compartilharem trajetos rotineiros.

Os usuários podem escolher as caronas por filtros, limitando a colegas de trabalho, pessoas do mesmo grupo ou de mesmo gênero, garantindo a segurança para seguir viagem.

O app instalou, em São Paulo, quatro totens de embarque e desembarque, além de uma área de parklet (uma extensão da calçada para servir como espaço de convívio e, também, como referência aos usuários do serviço).
As áreas têm como objetivo repensar as infraestruturas existentes não só para ajudar os usuários de Waze Carpool, como também para comportar os novos modelos de transporte que estão cada vez mais sendo adotados pela população.

Situações como filas duplas ou carros bloqueando faixas de bicicletas e busca de um passageiro, por exemplo, são comuns em grandes metrópoles.
Esse é o novo desafio que queremos ajudar as cidades a enfrentar – explica Thais Blumenthal, líder global do Waze for Cities Data do Waze.
Depois de uma análise de mapas e de concentração de carpoolers, como são chamados os usuários do serviço, foram selecionados os locais com maior demanda de soluções para o fluxo do tráfego.

A capital paulista será palco do projeto piloto, com quatro pontos de embarque e desembarque e um parklet, todos em áreas públicas na cidade.
tecnologia traz benefícios para a mobilidade urbana, como o conforto de quem passa menos tempo no trânsito e os ganhos para o meio-ambiente.
Logo, como a poluição pode gerar uma série de problemas à saúde, o impacto se estende à diminuição de riscos de doenças respiratórias e apresenta, também, perspectiva de diminuição de gastos com saúde pública.

Professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em infraestrutura de mobilidade urbana, Renata Cavion explica que novas tecnologias também devem provocar uma maior competição entre os diferentes modais.

As tecnologias voltadas para a mobilidade urbana e inteligente tendem a tornar os deslocamentos mais rápidos, mais eficientes e com maior conforto aos usuários.

 

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